Jesus a Verdade e a Vida
Jesus a verdade – “Jesus respondeu: — Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Jo 14.6. Confessar Jesus como a verdade é aceitar seu caminho como totalmente autêntico verdadeiro no sentido de confiável.
Ele é digno de confiança porque Jesus é a verdade de Deus. Ele conhece Deus Pai, corresponde a Deus Pai e revela Deus Pai. “Quem vê a mim, vê o Pai” (Jo 14.9).
O caminho de Jesus é o caminho do Pai. “Ninguém chega ao Pai, a não ser por mim” (14.6).
Tais afirmações estão por trás do que veio a ser conhecido como o escândalo da particularidade, a tese escandalosa de que o Deus que é grande demais para ser compreendido e terrível demais para ser visto está de alguma forma presente, oculto/revelado no frágil palestino: “O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser” (Hb 1.3, NVI).
Por fim, o caminho é digno de confiança porque Jesus é a verdade da humanidade. Seguir o caminho de Jesus promove a prosperidade humana (shalom) e leva ao summum bonum: vida eterna e abundante.
Jesus é vida, e isso é mais do que uma questão de biologia
As Escrituras retratam a vida como algo que vai além da simples existência física. Vida é estar na presença graciosa e vivificante de Deus.
A suprema bênção da aliança no antigo Israel era estar com Deus, representado pela nuvem que cobria o tabernáculo:
“Então a nuvem cobriu a Tenda do Encontro, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na Tenda do Encontro, porque a nuvem estava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.
Sempre que a nuvem se erguia sobre o tabernáculo os israelitas seguiam viagem; mas se a nuvem não se erguia, eles não prosseguiam; só partiam no dia em que ela se erguesse.
De dia a nuvem do Senhor ficava sobre o tabernáculo, e de noite havia fogo na nuvem, à vista de toda a nação de Israel, em todas as suas viagens” (Ex 40.34-38).
No entanto, o pecado nos aliena de Deus e, assim, da fonte da vida. Ter “vida”, no sentido teológico, é estar em um relacionamento de comunhão com Deus; ter vida é estar incluído na vida de Deus.
Por certo, a doutrina não é algo alheio à vida nesse sentido.
Na verdade, exatamente porque a doutrina está sempre relacionada à vida e somente a ela-comunhão vital com o Deus trino e uno – é que ela redunda em doxologia.
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