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A escatologia e a vida cristã

Este análise sugere que a escatologia bíblica tem consequências práticas importantes. Confesso minha decepção, porque muito ensino sobre os últimos dias se concentra na ordem dos acontecimentos.

Suponho que pendo mais para o pós-milenismo, mas honestamente não acredito que a Bíblia seja perfeita mente clara a respeito da ordem dos acontecimentos. A meu ver, quando a Escrituras nos falam da volta de Cristo.

Não nos diz isso para colocarmos numa tabela e observar os eventos acontecerem. Isso estimularia nosso orgulho intelectual, entre outras coisas. Então por que a Bíblia fala tanto sobre os últimos dias? Para que possamos reorganizar nossa vida à luz da volta de Jesus.

Tanto quanto consigo ver, todas as passagens bíblicas sobre a volta de Cristo foram escritas com um propósito prático – não para nos ajudar a desenvolver uma teoria da História, mas para motivar nossa obediência. Essas doutrinas incentivam nossa obediência de várias maneiras.

Primeiro – A vinda de Cristo deve reorganizar nossas prioridades

Em 2Pedro 3.11-12, o apóstolo diz: “Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade.

Esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão”. Cf. 1Corintios 7.26.

Visto que Deus destruirá a terra atual e a substituirá por um novo céu e uma nova terra, que tipo de pessoa devemos ser?

A resposta implícita é que não devemos ser pessoas que se importam muito com as coisas materiais ou com os prazeres desta vida, mas pessoas que são apaixonadas pelo reino de Deus, que permanecerá por toda a eternidade.

Isso não quer dizer que há algo mau nas coisas materiais, apenas que devemos usá-las para os propósitos de Deus, não para os nossos.

Segundo – Se estamos ansiosos pela volta de Cristo, devemos nos purificar (2Pe 3.11-12).

Além de crer no retorno de Cristo, todo cristão deve estar ansioso por isso. No fim do livro de Apocalipse, a igreja ora: “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).

Mas se realmente estamos tão ansiosos pela vinda de Jesus e pelo novo céu e nova terra, devemos tentar ser tão puros quanto seremos um dia na presença de Deus.

Em 1João 3.2-3 é dito: “Amados, agora, somo filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser.

Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vé-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro”.

Terceiro – Outra implicação ética da volta de Cristo está no seu encorajamento

Ela nos mostra que nossos esforços por ele hoje não são em vão. Paulo afirma em 1Corintios 15.58:

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”.

Esse é um grande consolo em meio às dificuldades. As coisas deste mundo serão queimadas, mas nosso trabalho para o Senhor dará frutos para a eternidade.

Quarto – Nossa própria ignorância quanto ao momento da volta de Jesus tem implicações éticas

Isso porque essa ignorância implica que devemos estar prontos a cada momento para sua volta (Mt 24.44; 1Ts 5.1-10; 1Pe 1.7; 2Pe 3.14).

Quando ele vier, queremos que nos encontre ocupados na nossa vocação, no trabalho da Grande Comissão.

Considerações Finais Sobre a Escatologia e a Vida Cristã

Finalmente, quando Jesus vier, receberemos uma recompensa, devemos aguardar com expectativa essa recompensa do nosso trabalho aqui.

Essa recompensa deve nos motivar a boas obras aqui e agora. Mencionei essa ênfase bíblica na recompensa, e muitas passagens das Escrituras a enfatizam:

  • Mateus 5.12,46; 6.1-4; 10.41-42;
  • Romanos 14.10;
  • 1Coríntios 3.8 15; 9.17-18,25;
  • 2Coríntios 5.10;
  • Efésios 6.7-8;
  • Colossenses 3.23-25;
  • 2Timóteo 4.8; Tiago 1.12;
  • 1Pedro 5.4; 2João 8
  • Apocalipse 11.18.

Mais uma vez, Deus não espera que cumpramos nosso dever apenas por ser um dever, mas que o façamos com plena compreensão de que nosso Pai recompensará seus filhos não apenas nesta vida (Mc 10.29-30), mas na eternidade também.

A partir da ênfase bíblica, concluo que a razão principal para Deus falar tanto nas Escrituras sobre a volta de Jesus é que essa doutrina purifica o coração do seu povo. Que ele a use para purificar você e eu, à medida que continuamos nossa jornada para a glória.

Para que você possa se aprofundar e continuar seus estudos, leia o nosso próximo artigo, para você ter uma visão mais acurada do assunto indico o livro “Teologia Sistemática” de John Frame que deu origem a este artigo. Deus abençoe, até o próximo texto.

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