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A exigência de perfeição segundo Jesus

Como vimos, amar os inimigos é próprio de Deus (5.45). Porém, o amor não é a única característica divina que Jesus espera que seus seguidores imitem.

À medida que a passagem prossegue, fica tremendamente óbvio que Jesus está apresentando uma definição, no tocante à moral, impressionante— definição que põe o próprio Deus como padrão de tudo. “Sejam, pois, perfeitos, assim como o Pai celestial de vocês é perfeito” (5.48)

Nós temos de ser santos, pois o Senhor nosso Deus é santo (Lv 19.2); amorosos, porque Deus é amor (1Jo 4.7ss.); perfeitos, assim como nosso Pai celestial é perfeito (Mt 5.48).

O que precisa ser observado detalhadamente

Duas questões finais ainda precisam ser observadas sobre essa seção do Sermão do Monte. A primeira é que a autoridade de Jesus é uma das características dominantes desse capítulo.

A Lei e os Profetas apontam para ele, mas é ele quem determina o significado, o cumprimento e a continuidade deles com autoridade nada menos que divina.

É importante lembrar que as Escrituras do Antigo Testamento não têm nenhum status intrínseco independentemente de Deus: toda a autoridade que ela tem é derivada.

Contudo, porque a procedência é de Deus, para interpretar e explicá-las assim é preciso nada menos que autoridade divina. Implicitamente, portanto, Jesus está reclamando essa autoridade para si.

O que a Lei e os Profetas diziam?

A segunda questão é que aquilo que a Lei e os Profetas indicavam chegou na pessoa de Jesus e no reino (o reino salvífico) a que ele dá início. Com toda autoridade, Jesus esclarece as exigências do reino e suas relações com as Escrituras do Antigo Testamento.

A exigência comum é santidade, perfeição. Só é possível entender corretamente todas as leis do Antigo Testamento quando as interpretamos à luz dessa consideração esmagadora.

A ênfase na pureza transparente e na santidade genuína, imitando a perfeição do Pai, exclui por completo toda hipocrisia religiosa, toda simulação de espiritualidade, toda exibição de justiça, todo ritual religioso realizado com ostentação. Mas Jesus explicita essa dedução em Mateus 6.

Para que possa aprender mais sobre este tema, leia nosso próximo artigo “O Sermão Monte ao Alcance de Todos”, recomendo que você estude o livro de Carson “O Sermão do Monte” que deu origem a este artigo.

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