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A Morte e o Estado Intermediário – O Que Precisamos Aprender

A morte, que é um castigo pelo pecado, é a cessação do funcionamento do corpo e sua separação temporária da alma. A morte não é o fim de toda a existência, pois a pessoa sem corpo físico continua a existir no estado intermediário até a ressurreição.

A morte é a cessação do funcionamento do elemento material de uma pessoa (corpo). É também a separação temporária do aspecto material (corpo) e do aspecto imaterial (alma/espírito).

A morte é um castigo pelo pecado. O estado intermediário é a condição em que as pessoas se encontram entre a morte e a ressurreição. Ao morrerem, os cristãos entram imediatamente na presença de Cristo no céu, e lá existem como crentes sem corpo físico.

Ao morrerem, os não cristãos mergulham imediatamente no tormento do inferno e ali existem como incrédulos sem corpo físico. Tanto os crentes desencarnados quanto os incrédulos desencarnados aguardam a ressurreição de seus corpos.

Entendendo a Doutrina da Morte e o Estado Intermediário

Segundo Gregg R. Allison a escatologia pessoal trata dos tópicos da morte e do estado intermediário, ou da existência humana entre o fim da vida terrena corpórea e a ressurreição do corpo.

É o futuro de todos os seres humanos, pois a morte é uma das grandes inevitabilidades da existência humana.

O pano de fundo dessas doutrinas é a composição dos seres humanos. A natureza humana é uma essência complexa que consiste na união de um aspecto material (corpo) e um aspecto imaterial (alma/espírito).

A existência humana terrena, que começa na concepção, apresenta uma união inextricável dos elementos materiais e imateriais: uma unidade corpo-alma.

A morte põe fim à existência terrena e inicia um novo estágio de existência chamado estado intermediário.

A morte traz duas mudanças: primeiro, a cessação do funcionamento do aspecto material (corpo) de uma pessoa.

Ao perder a batalha contra o câncer ou sofrer um acidente de carro fatal, por exemplo, o funcionamento fisiológico de uma pessoa cessa, e seu corpo morre.

Em segundo lugar, a morte é a separação temporária entre o elemento material e o elemento imaterial.

A unidade corpo-alma é quebrada por um tempo.

O corpo sem vida é descartado e os dois elementos são separados.

A morte é uma penalidade pelo pecado. Deus, que criou as pessoas à sua imagem, como seres complexos, castiga-as por sua pecaminosidade.

Uma parte dessa punição é a dissolução da existência humana do modo que foi divinamente projetada.

O estado de existência sem corpo físico é anormal, não é o estado habitual de como as coisas deveriam ser.

Portanto, o estado intermediário é a condição das pessoas entre a morte e a ressurreição. As pessoas continuam a existir como seres incorpóreos, o que é irregular.

Ao morrerem, os cristãos entram imediatamente na presença de Cristo, no céu, e lá existem como crentes desencarnados.

Já os não cristãos mergulham imediatamente no tormento do inferno e ali existem como incrédulos desencarnados.

Tanto os crentes incorpóreos quanto os incrédulos incorpóreos aguardam a ressurreição de seus corpos.

Consequentemente, o estado intermediário começa na morte e termina na ressurreição. O estado intermediário distingue-se do estado final, que é o novo céu e a nova terra.

Base bíblica

Gregg R. Allison diz que a morte é mencionada pela primeira vez nas Escrituras como uma ameaça divina de punição pela desobediência.

Deus advertiu Adão, que foi formado “do pó da terra” (Gn 2.7): “Da árvore do conhecimento do bem e do mal tu não comerás, pois no dia em que dela comeres certamente morrerás” (Gn 2.17).

Depois que Adão e Eva violaram essa proibição, Deus anunciou sua punição: “Tu és pó, e ao pó tornarás” (Gn 3.19).

A vida, que era a existência do pó e vinha do pó, chegaria ao fim; voltaria ao pó. A morte física é a cessação do funcionamento fisiológico do corpo.

A morte, portanto, é uma penalidade pelo pecado (Rm 6.23). É uma das inevitabilidades da existência humana: há “tempo de nascer e tempo de morrer” (Ec 3.1,2).

Aliás, “está ordenado ao homem morrer uma só vez, vindo depois o juízo” (Hb 9.27). Além disso, há uma ligação inseparável entre a morte de todas as pessoas e a morte de Adão (Rm 5.12-21; 1Co 15.21,22).

A morte é o fim de todos os seres humanos: “Tu retornas o homem ao pó. […].

Os anos da nossa vida são setenta, ou, havendo força, oitenta; […] logo se vão, e nós voamos” (Sl 90.3,10). Refletir sobre a morte sem introspecção mórbida dá sabedoria para viver (Ec 7.2,4).

A morte também envolve a separação temporária entre o elemento material (corpo) e o imaterial (alma/espírito). Os dois, antes unidos inseparavelmente, são desconectados.

A Bíblia faz uma distinção entre ambos (corpo e alma, Mt 10.28; corpo e espírito, Tg 2.26). Paulo descreve uma pessoa falecida no estado intermediário como alguém que está “despido” (2Co 5.3,4).

Isto é, sem seu corpo terreno (“a tenda que é nossa casa terrena”, v. 1) e vivendo na expectativa de receber seu corpo glorificado e ressuscitado (“não […] despidos, mas, sim, revestidos, absorvidos pela vida”, v. 4).

Paulo estremece, horrorizado, ao descrever essa realidade, ressaltando o quanto é estranho o estado intermediário.

Embora tanto os crentes quanto os incrédulos morram (Ec 9.2,3), seus destinos como pessoas desencarnadas são muito diferentes.

Ao morrerem, os cristãos entram imediatamente na presença de Cristo no céu

Estão “longe do corpo e em casa com o Senhor” (2Co 5.8). Essa existência celestial é “muitíssimo melhor” do que a existência terrena (Fp 1.23).

Embora seja uma existência incorpórea e, portanto, não seja uma salvação completa, é uma realidade na qual os “espíritos dos justos [foram] aperfeiçoados” (Hb 12.23).

Ao morrerem, os incrédulos imediatamente mergulham em agonia no inferno (Lc 16.19-31).

A Bíblia retrata de forma assustadora o sofrimento deles, com expressões como “choro e ranger de dentes” (Mt 8.12; 25.30).

Afirmando que “a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso, nem de dia nem de noite” (Ap 14.11).

Como esse estado incorpóreo é anormal, tanto os crentes quanto os incrédulos no estado intermediário aguardam a ressurreição de seus corpos.

O amilenarismo e o pós-milenarismo sustentam que a ressurreição dos dois grupos acontece no juízo final, que ocorre na volta de Cristo (Apocalipse 20 fala de eventos que ocorrem na volta de Cristo).

O pré-milenarismo sustenta que a ressurreição dos crentes ocorre quando Cristo retorna. Desse modo, os crentes recebem seus corpos ressurretos e reinam com Cristo por todo o milênio.

A ressurreição dos incrédulos, no entanto, aguarda o juízo final de Cristo, que ocorre após o milênio (Ap 20.1-6 fala de eventos que ocorrem na volta de Cristo, enquanto 20.7-15 fala de eventos após o milênio).

Principais erros sobre a morte e o estado intermediário

1. É um inimigo que rouba a vida.

A morte como algo natural e positivo que devemos receber de bom grado.

Esse ponto de vista não entende que a morte não é o que deveria acontecer com os seres humanos, porque ela é uma penalidade pelo pecado.

2. Sono da alma.

Os adventistas do sétimo dia e as Testemunhas de Jeová acreditam que as pessoas existem em uma condição inconsciente no estado intermediário.

O suposto apoio bíblico a essa ideia inclui as descrições bíblicas da morte como “sono” (1Rs 2.10; Jo 11.11; At 7.60; 13.36; 1Ts 4.13), que é caracterizado pela ausência de memória, louvor e esperança (Sl 6.5; 115.17; Is 38.18).

Esse ponto de vista não entende que a Escritura usa o “sono” como um eufemismo para a própria morte. Não é uma descrição do que acontece depois da morte.

Além disso, a apresentação bíblica da inatividade após a morte refere-se à condição das pessoas no sheol.

Parte da escatologia do Antigo Testamento que foi esclarecida na revelação posterior do Novo Testamento.

Finalmente, essa posição não consegue explicar as passagens bíblicas que mostram os crentes na presença de Cristo após a morte.

3. Purgatório.

Segundo o catolicismo romano, o purgatório é o estado temporário de purificação dos católicos fiéis que não foram totalmente obedientes durante sua existência terrena.

Levando a mancha do pecado, esses fiéis sofrem uma punição temporária, no purgatório, pelo pecado. Quando a purificação estiver concluída, eles irão para o céu.

O apoio-chave é o texto de 2Macabeus 12.38-45, que não é considerado canônico pelos protestantes.

O apoio bíblico inclui a afirmação descritiva de Paulo: “Se a obra de alguém se queimar, este sofrerá perda, embora seja salvo, mas somente como alguém que passa pelo fogo” (1Co 3.15).

No entanto, Paulo não está descrevendo o purgatório, mas o julgamento final dos crentes em relação ao seu trabalho deficiente na igreja.

Finalmente, as palavras de Jesus são invocadas: “se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro” (Mt 12.32). A (má) interpretação.

É que enquanto a blasfêmia contra o Espírito nunca pode ser perdoada, outros pecados, se não forem perdoados nesta era, podem ser perdoados na era vindoura.

Mas Jesus está enfatizando a imperdoável seriedade da blasfêmia contra o Espírito sem que isso implique coisa alguma em relação a outros pecados menos graves.

4. A negação da existência após a morte

A neurofisiologia está produzindo evidências de que a existência humana é completamente física. Racionalidade, livre-arbítrio, consciência moral e fé estão intimamente ligadas a processos neurológicos.

Essas evidências de uma realidade unicamente material para a existência humana põe em dúvida o que acontece após a morte, ou a cessação do funcionamento do corpo.

Essas teorias enfrentam importantes desafios, tais como explicar a consciência humana e a noção universal de vida após a morte.

Além disso, a apresentação da Escritura sobre o estado intermediário contradiz diretamente essa tese.

Para que você possa se aprofundar e continuar seus estudos, leia o nosso próximo artigo, para você ter uma visão mais acurada do assunto indico o livro “50 Verdades centrais da fé Cristã” de Gregg R. Allison que deu origem a este artigo. Deus abençoe, até o próximo texto.

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