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A Pessoa do Espírito Santo

O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trindade, igual ao Pai e ao Filho no que diz respeito à natureza, ao poder e à glória, e deve ser adorado juntamente com eles.

O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trindade, compartilhando a natureza divina única. Ele é uma Pessoa divina, não um poder, uma força ou uma influência.

Sendo totalmente Deus, o Espírito é igual ao Pai e ao Filho em natureza, poder e glória, mas é distinto deles no que diz respeito à sua relação eterna e às funções que desempenha.

Como terceira Pessoa da Trindade, totalmente divino, o Espírito Santo é digno de adoração, obediência, confiança e serviço.

Entendendo a Doutrina do Espírito Santo

Gregg R. Allison diz que o Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trindade, existindo eternamente em conjunto com o Pai e o Filho, na Divindade única.

Ele é totalmente Deus, assim como o Pai e o Filho, possuindo os mesmos atributos de independência, imutabilidade, onipresença, onipotência, onisciência, santidade, amor e muito mais.

Os três compartilham a essência divina. Assim, o Espírito Santo é totalmente Deus, coigual ao Pai e ao Filho. Ele é uma Pessoa divina, não um poder, uma força ou uma influência.

Algumas dificuldades surgem quando consideramos a personalidade do Espírito. É muito fácil pensar no primeiro e no segundo membros da Trindade como Pessoas por causa de seus nomes: “Pai” e “Filho”.

Mas o nome “Espírito Santo” não é tão transparente quanto os outros em relação à personalidade.

Na verdade, a palavra “espírito” está associada ao que é imaterial: vento e respiração. Assim, é mais difícil aceitar a personalidade do Espírito Santo.

A Intimidade do Espírito Santo Com Deus e Jesus Cristo

Contudo, ele está intimamente associado ao Pai e ao Filho, e seu relacionamento com a primeira Pessoa e a segunda Pessoa ressalta sua realidade como a terceira Pessoa da Trindade.

Além disso, ele tem características pessoais: inteligência, emoções e vontade são propriedades de pessoas (humanas e divinas).

Outro ponto importante é que ele se envolve em atividades pessoais: falar, ensinar, orar e testemunhar são atividades de pessoas (humanas e divinas).

E Jesus se refere ao Espírito Santo como “outro Ajudador/Consolador” que viria ocupar seu lugar. Como Jesus, o primeiro Consolador, é uma Pessoa, faz sentido que o Espírito Santo, o outro Consolador, também seja uma Pessoa.

A Distinção

O Espírito é uma Pessoa distinta do Pai e do Filho, diferente deles por sua relação eterna particular e seus papéis particulares.

Essa processão eterna dupla não significa que o Pai e o Filho criaram o Espírito Santo. Também não significa que o Pai e o Filho lhe dão sua divindade, já que o Espírito é Deus em si mesmo.

Em vez disso, o Pai e o Filho, juntos, dão a ele sua Pessoa-do-Espírito. Assim, ele é distinto deles: a Terceira Pessoa do Deus triúno.

Outra distinção entre os três diz respeito aos papéis que desempenham. Embora o Pai, o Filho e o Espírito operem juntos e inseparavelmente.

O Espírito se envolve em ministérios específicos. Esse tema será apresentado no próximo capítulo, “A obra do Espírito Santo”.

Base bíblica

Segundo de Gregg R. Allison a doutrina do Espírito Santo é revelada progressivamente nas Escrituras. O Antigo Testamento mostra o Espírito ativo na criação (Gn 1.2), sendo a presença de Deus no mundo, em particular para o povo de Israel.

Um tema importante era a expectativa de um novo e inédito derramamento do Espírito Santo, que também daria poder ao Servo Sofredor/Messias (Is 11.2; 42.1; 61.1,2), e a expectativa de uma nova aliança que substituiria a antiga (Jr 31.31-34; Ez 36.25-27; Jl 2.28-32).

No Novo Testamento, João Batista dá continuidade ao mesmo sentimento e intensifica essa expectativa de um novo derramamento sem precedentes quando descreve o Messias como aquele que batizará com o Espírito Santo (Lc 3.15-17; Jo 1.33).

O Filho de Deus encarnado, que foi concebido pelo Espírito Santo, é Jesus, o Messias (Lc 1.30-35). Ele é caracterizado pela plenitude do Espírito; de fato, o Pai dá o Espírito sem medida a seu Filho (Jo 3.34).

Jesus também continua e intensifica a expectativa de um novo e inédito derramamento do Espírito. Jesus promete enviar “outro Consolador” em seu lugar (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7,13,14).

Além disso, ele fala de um dia futuro em que “rios de água viva” fluiriam de seus seguidores (Jo 7.37-39).

Com essa promessa, Jesus intensificou a expectativa de uma nova obra do Espírito. No entanto, antes que esse novo derramamento pudesse acontecer, Jesus tinha que morrer, ressuscitar e ascender ao céu novamente.

Desse modo, depois de sua crucificação e ressurreição, ele diz a seus discípulos que esperem em Jerusalém até que ele envie o prometido Espírito Santo para revesti-los com o poder do alto (Lc 24.49; At 1.4; 2.33).

O Dia de Pentecostes marca o envio do Espírito de uma forma nova e sem precedentes, um derramamento em cumprimento das promessas anteriores.

Quando desce sobre os discípulos, o Espírito inaugura seu ministério da nova aliança e dá à luz a igreja como o corpo de Cristo e o templo do Espírito (At 2.1-21).

A partir daquele momento, o mesmo Espírito Santo prometido é derramado sobre cada discípulo de Jesus (Rm 8.9).

Esse Espírito Santo é totalmente Deus

Os paralelos na repreensão de Pedro diante do comportamento de Ananias ressaltam a divindade do Espírito.

“Ananias, por que Satanás encheu o teu coração para mentir ao Espírito Santo? […] Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3,4; grifo do autor).

A pergunta que Pedro faz a Safira é igualmente reveladora: “Por que combinastes colocar à prova o Espírito do Senhor?” (At 5.9). No Antigo Testamento, a expressão “o Espírito do SENHOR” É UMA REFERÊNCIA A DEUS.

ALÉM DISSO, A DESCRIÇÃO QUE PAULO FAZ DA IGREJA DESTACA A DIVINDADE

DO ESPírito: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o seu Espírito habita em vós?” (1Co 3.16).

No Antigo Testamento, o templo era o lugar em que Deus habitava. Agora, a igreja, como o templo de Deus, é o lugar em que o Espírito de Deus habita. Assim, o Espírito de Deus é o próprio Deus.

O Espírito Santo procede eternamente do Pai e do Filho. Jesus afirma essa dupla processão em várias declarações sobre a vinda do Espírito: • “O Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome…” (Jo 14.26).

  •  “Quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai…” (Jo 15.26).
  •  “Se eu não for, o Consolador não virá a vós. Mas, se eu for, eu o enviarei.” (Jo 16.7).

Combinando essas declarações (que preveem o envio do Espírito e sua descida no Pentecostes).

Vemos que Jesus afirma que:

(1) o Pai enviará o Espírito em nome de Jesus,

(2) Jesus enviará o Espírito a partir do Pai, e

(3) o Espírito procede do Pai (sem limitar essa processão somente ao Pai). Além disso, no Dia de Pentecostes, Pedro afirmou, a respeito do Jesus exaltado.

“Tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou o que agora vedes e ouvis” (At 2.33).

Surge, então, uma pergunta pertinente: “Por que o Pai e o Filho enviam o Espírito Santo temporalmente no Pentecostes?”.

Historicamente, a resposta da igreja a essa pergunta tem sido: “Porque o Espírito Santo procede eternamente do Pai e do Filho”.

De fato, ele é tanto “o Espírito de Deus [o Pai]” quanto “o Espírito de Cristo [o Filho]” (Rm 8.9).

Assim, o Pai e o Filho, que juntos lhe concedem sua Pessoa-do-Espírito, enviaram-no ao mundo no Dia de Pentecostes, em seu novo ministério de aliança.

A processão eterna 1 do Espírito Santo é a base para a missão temporal do Espírito e, nela, se expressa apropriadamente.

Em conformidade, a igreja confessa:

“Eu creio no Espírito Santo, o Senhor e Doador da Vida, que procede do Pai e do Filho, que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, que falou pelos profetas” (Credo Niceno- Constantinopolitano, com a cláusula filioque, “procede do Pai e do Filho”).

Como os próximos dois capítulos ressaltam, o início do século 20 marcou o surgimento de divisões entre as igrejas em relação à obra do Espírito Santo e aos dons do Espírito Santo.

À medida que a teologia pentecostal e carismática avançou, muita atenção e energia foram concentradas no Espírito Santo.

No entanto, as igrejas permanecem amplamente unidas em relação à doutrina histórica da divindade, da pessoalidade e (à exceção da Igreja Ortodoxa Oriental) da dupla processão do Espírito.

Principais erros

1. A negação da divindade do Espírito Santo. Oponentes como os pneumatomacianos (os opositores do Espírito) apontam o fato de que ele é a terceira Pessoa da Trindade, logo, fica atrás do Pai (primeira Pessoa) e do Filho (segunda Pessoa).

Eles entendem que esse “atrás” significa “menos divino”, inferior a eles. Essa posição não consegue explicar as passagens que afirmam que o Espírito é Deus.

2. A negação de que ele seja uma Pessoa distinta do Pai e do Filho. O modalismo sustenta que “Espírito Santo” é apenas um nome diferente, do mesmo modo que “Pai” e “Filho”, para a mesma pessoa.

Desse modo, a igreja conhece Deus como “Espírito Santo”, mas ele não é uma Pessoa diferente das outras duas.

Esse ponto de vista não consegue explicar as passagens em que as três Pessoas estão ativas ao mesmo tempo (p. ex., no batismo de Jesus).

3. A negação de que o Espírito seja uma pessoa divina. Esse ponto de vista sustenta que o Espírito é apenas uma força poderosa ou influência divina; por isso, o pronome usado para fazer referência ao Espírito é do gênero neutro.

Essa posição, mantida pelas Testemunhas de Jeová e alguns extremistas pentecostais/carismáticos, comete o erro de confundir pessoalidade divina com poder divino.

Para que você possa se aprofundar e continuar seus estudos, leia o nosso próximo artigo, para você ter uma visão mais acurada do assunto indico o livro “50 Verdades centrais da fé Cristã” de Gregg R. Allison que deu origem a este artigo. Deus abençoe, até o próximo texto.

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