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A Veracidade (Inerrância) da Escritura

Quando pensamos sobre a veracidade (inerrância) da Escritura temos que entender que é um atributo que garante que tudo o que ela afirma corresponde á realidade e que ela não afirma nada que contrarie os fatos. Também significa que a Escritura nunca se contradiz.

Veracidade significa que a Escritura corresponde á realidade, inerrância quer dizer que a Escritura não contem erros, a inerrância é compatível com os fenômenos da Escritura.

Outro termo usado para falarmos de veracidade é infalibilidade que significa que a Escritura não falha, por causa de sua veracidade, a Escritura é fidedigna.

Veracidade significa a correspondência com a realidade

Por exemplo, a Escritura afirma que Deus criou tudo apartir do nada. Essa afirmação corresponde ao fato de que Deus não trouxe o Universo a existência combinando materiais pré-existentes, mas, sim criando do nada os próprios materiais.

Dito de outro modo, inerrância significa que a Escritura nunca afirma coisa alguma que contrarie os fatos. A inerrância é uma característica de toda a Escritura, não apenas das partes que dizem respeito a salvação, fé e doutrina.

Inerrância também significa que a Escritura nunca se contradiz; tem coerência interna. Por exemplo, ao afirmar que Jesus Cristo é totalmente Deus, essa afirmação não contradiz sua afirmação que ele é totalmente humano. Ele é tanto Deus como homem.

Paul Feinberg diz que: “inerrância significa que, quando todos os fatos são conhecidos, as Escrituras, em seus autógrafos originais.

E corretamente interpretadas, mostram-se inteiramente verídicas em tudo o que afirmam no que diz respeito a doutrina, moralidade e ciências sociais, físicas ou biológicas”.

Os críticos que rejeitam a inerrância da Bíblia muitas vezes entendem mal o conceito. Inerrância é compatível com os fenômenos da Escritura, isto é, com as variadas técnicas de redação empregadas pelos autores humanos. Aqui estão quatro exemplos:

Primeiro: Linguajar comum

A Escritura não usa linguagem técnica, precisa, mas, sim, um linguajar comum, do dia a dia. Quando narra a criação dos dois luminares em Genesis 1. 16-18, Moises não está compondo um texto cientifico.

Mas utiliza linguagem popular, do mesmo modo como falamos hoje quando, por exemplo, dizemos que o sol se levante e se põe. A inerrância é compatível com o uso do linguajar comum.

Segundo: Citações livres

Às vezes, os escritores do Novo Testamento citam o Antigo Testamento de forma exata, palavra por palavra (p. ex., Hb 1.7 cita Sl 104.4).

Outras vezes, usam paráfrases, resumem ou aludem a essas passagens (p. ex., Hb 3.2 alude a Nm 12.7). A inerrância não impede o uso de nenhum desses recursos estilísticos.

Terceiro: Diferenças na ordem dos acontecimentos

Por exemplo, Mateus apresenta a sequência real das tentações de Jesus (Mt 4.1-11), enquanto Lucas as apresenta fora da ordem cronológica (Lc 4.1-1S).

Essas duas formas de narrar as tentações não são contraditórias, porque Mateus tem um objetivo ao escrever (narrar as tentações na ordem em que Jesus as enfrentou), enquanto Lucas tem outro (mostrar três tentações, sem pretender narrá-las sequencialmente).

A inerrância é compatível com as diferentes ordens em que eventos são apresentados nas Escrituras.

Quarto: Relatos divergentes sobre um mesmo evento

Alguns relatos narram o mesmo evento, mas o fazem com diferenças significativas. Nos Evangelhos, por exemplo, o milagre da alimentação dos cinco mil é narrado de formas diferentes pelos quatro autores.

Como explicar essas diferenças? Uma versão pode apresentar um resumo de um acontecimento, enquanto outra dá mais detalhes.

Por exemplo, Mateus 8.5-13 dá menos detalhes do que Lucas 7.1-10, ao narrar o evento em que Jesus cura o escravo do centurião.

Também ocorre de uma narrativa contar parte de um episódio, enquanto outra narrativa conta uma parte diferente.

Por exemplo, Judas se enforcou (Mt 27.1-10) e seu corpo caiu e se rompeu (At 1.15-19). A inerrância é compatível com a existência de narrativas variantes nas Escrituras.

O ponto importante a ressaltar aqui é que a inerrância da Escritura é compatível com essas várias convenções da linguagem escrita.

Agostinho trouxe uma importante contribuição a essa doutrina quando ousou imaginar qual seria a consequência da existência de um único erro na Escritura: isso não significaria que toda a Escritura está errada, mas geraria a suspeita de que qualquer parte poderia estar errada. À igreja restaria apenas uma fútil avaliação subjetiva da Escritura para discernir quais partes são verdadeiras e quais contêm erro.

Principais erros concernentes a Veracidade (Inerrância) da Escritura

Veja a seguir como os erro teológicos podem ser conhecidos através de um estudo minucioso das escrituras sagradas.

Primeiro erro: A negação da inspiração e, portanto, da inerrância das Escritura

Essa posição rejeita a ideia de que o Espírito Santo supervisionou a escritura da Bíblia, reduzindo-a a um mero livro humano.

Todos os textos produzidos por seres humanos contêm erros; portanto, segundo essa perspectiva, a Bíblia também contém.

Esse ponto de vista não dá crédito às afirmações da própria Escritura sobre sua veracidade e pressupõe um conceito muito pobre da ação divina entre os seres humanos

Segundo erro: A oposição entre infalibilidade e inerrância

Além de divergirem da equivalência histórica desses dois termos, seus proponentes redefinem erro como engodo intencional.

Dada essa definição, eles afirmam a total inerrância da Escritura — a qual significa que seus autores nunca enganam propositadamente os leitores — e, ao mesmo tempo, defendem a tese de que a Escritura contém erros.

Essa posição separa o que a igreja tradicionalmente considerou unido. Além disso, é uma forma fraudulenta de defender a inerrância bíblica da boca para fora, mas, na verdade, negá-la.

Terceiro erro: A afirmação de que há centenas de erros na Bíblia

Na verdade, quando todos os supostos erros são listados, eles não passam de sessenta e poucos.

Assim, a afirmação é exagerada e, embora alguns dos problemas sejam mais graves que outros, a solução ou pode ser apresentada, ou não precisa ser apresentada.

Por quê?

Em alguns casos, estamos atrasados milhares de anos para resolver os problemas. Além disso, às vezes a evidência bíblica é tão limitada que não dispomos de informações suficientes para chegar a uma solução.

Ademais, os mesmos problemas rondam todos os escritos sem causar nenhuma suspeita de erro que nos impeça de ir em frente.

Portanto, a igreja, sem ignorar essas passagens problemáticas, pode abordá-las, uma a uma, com uma postura de fé, sem cair no desespero nem na incredulidade.

Para que você possa se aprofundar e continuar seus estudos, leia o nosso próximo artigo, para você ter uma visão mais acurada do assunto indico o livro “50 Verdades centrais da fé Cristã” de Gregg R. Allison. Deus abençoe, até o próximo texto.

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