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O Governo de Deus – Deus Governa Todos os Acontecimentos Sejam Bons Ou Ruins Ele Governa Tudo?

Segundo Jerry Bridges a Bíblia também ensina que Deus governa o Universo, não só a criação inanimada, mas também os atos de todas as criaturas, tanto homens quanto animais.

Ele é chamado de aquele que domina sobre tudo (veja 1Cr 29.12), o bem-aventurado é único soberano (veja 1Tm 6.15). Sem seu consentimento, sequer passarinho pode cair no chão (veja Mt 10.29).

Jeremias pergunta: “Quem poderia mandar e fazer acontecer as coisas, sem que o Senhor o tenha ordenado? (Lm 3.37). “..

Ele age no exército do céu e entre os moradores da terra segundo a sua vontade; ninguém pode deter sua mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Dn 4.35). “…o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer” (Dn 4.17).

O Governo de Deus

Ninguém pode agir fora da vontade soberana de Deus ou contra ela. Séculos atrás, santo agostinho disse: “Nada, portanto, acontece a menos que o Onipotente deseje que aconteça: ou ele permite o evento, ou ele mesmo o ocasiona”.

Observe como essa declaração é ampla: “Nada acontece sem que Deus permita ou ordena que aconteça”.

De tempos em tempos, até escritores piedosos tiram Deus de seu trono. É comum conjecturar que Deus se limitou voluntariamente às ações dos seres humanos a fim de lhes conceder liberdade.

Por exemplo, Andrew Murray escreveu: “Ao criar o homem com livre arbítrio e fazer dele um parceiro no domínio da Terra, Deus se limitou. Tornou a si próprio dependente do que o homem faria. 

O homem, por meio de sua oração, deteria a medida do que Deus poderia fazer em benção” (grifo do autor). Mais recentemente, Gregory Boyd escreveu:

“Deus simplesmente não pode desconsiderar o livre-arbítrio sempre entra em conflito com sua vontade. Por ter decidido criar esse tipo de mundo, Deus não pode assegurar que sua vontade seja feita em toda situação.

Ele deve tolerar e agir com sabedoria em torno da irrevogável liberdade dos agentes humanos e espirituais”.

A visão do Dr. Boyd é de um Deus reativo que deve “trabalhar em torno” dos caprichos de sua criação, incapaz de assegurar que sua vontade seja feita.

Esse não é o Deus da “atividade ininterrupta” que “dirige tudo”, descrito pelas escrituras. Mais uma vez, a providencia de Deus não é uma operação eventual, como se ele assistisse á sua criação a certa distância.

O tempo todo se surpreendendo com os acidentes, correndo para intervir de vez em quando, para consertar as coisas depois do fato consumado, sempre frustrado com sua criação ingovernável e fora de controle.

A confiança na soberania de Deus em tudo que nos influencia é crucial para confiarmos nele. Se houver um único evento em todo o Universo que possa ocorrer fora do controle soberano de Deus, então não podemos confiar nele.

Seu amor pode ser infinito, mas, se seu poder for limitado e se seu propósito puder ser contrariado, não podemos confiar nele.

O apóstolo Paulo disse podemos confiar nosso bem mais valioso ao senhor. Em 2 Timóteo 1.12 ele disse:

“Por essa razão sofro também essas coisas, mas não me envergonho; por que eu sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar meu tesouro até aquele dia”.

“Mas Paulo está se referindo á vida eterna”, alguém diria. “Sem dúvida, podemos confiar nosso destino eterno a Deus, mas e quanto aos nossos problemas desta vida? Eles me fazem questionar a soberania de Deus”.

A soberania de Deus não se inicia na morte. Sua direção soberana em nossa vida precede até nosso nascimento.

Escreveu o rei Davi: “Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no ventre da minha mãe (…) e no teu livro os dias foram escritos, sim, todos os dias que me foram ordenados, quando nem um deles ainda havia”. (Sl 139. 13,16).

Deus governa a Terra tanto governa o céu. Por razões conhecidas só pelo próprio Deus, ele permite as pessoas agirem contrariando e desafiando sua vontade revelada na Bíblia.

Contudo, nunca lhes permite agir contrariando sua vontade soberana, que permanece incompreensível para nós.

Para sustentar essa declaração – de que Deus nunca permite que seu povo aja contrariando sua vontade soberana – considere as seguintes passagens das Escrituras:

O coração do homem planeja seu caminho, mas o Senhor lhes dirige os passos (Pv 16.9).

Há muitos planos que no coração do homem, mas o propósito do Senhor prevalecerá (Pv 19.21).

Considere as obras de Deus: Quem poderá endireitar o que ele fez torto? (Ec 7.13).

Traçamos planos, mas eles só podem ser bem-sucedidos quando condizentes com o propósito de Deus. Não há como nenhum deles ser bem-sucedido contrariando o Senhor.

Ninguém pode endireitar o que ele fez torto, ou entortar o que ele fez direito. Nenhum imperador, rei, supervisor, professor ou treinador pode falar e fazer acontecer sem que primeiro Deus decrete, concretize ou permita que aconteça.

Mas quando ocorrem eventos preocupantes ou catastróficos, sempre machucam. Não podemos descarta-los com a expressão fácil “Deus está no controle”.

Sim, está no controle, mas nesse controle ele permite que experimentemos a dor. Uma dor real. Afligimo-nos; sofremos. Todavia, em meio ao nosso sofrimento, conseguimos descansar no conhecimento de que ele é soberano.

A escritora Margaret Clarkson escreveu isso brilhantemente:

A soberania de Deus é a única rocha inexpugnável á qual o coração humano sofredor deve se agarrar.

As circunstancias em torno da nossa vida não são acidentais: podem ser obra do mal, mas esse mal é mantido com firmeza dentro mão poderosa do nosso Deus soberano (…)

Todo mal lhe está sujeito, e o mal não pode tocar seus filhos, a menos que ele o permita. Deus é o Senhor da história humana e da história pessoal de cada membro de sua família redimida.

Por acaso um motorista atravessou o sinal vermelho, bateu no seu carro e te mandou para o hospital com múltiplas fraturas?

Um médico não conseguiu detectar seu câncer no estágio inicial, quando teria sido possível trata-lo?

Você se viu com um professor incompetente em um curso muito importante da faculdade ou com um supervisor inepto que atrapalhou sua carreira em gestão de negócios?

Todas essas circunstancias estão debaixo da mão controladora do nosso Deus soberano, que as opera em nossa vida para o nosso bem.

Considerações Finais Sobre o Governo de Deus

O governador romano Félix deixou Paulo na prisão por mais de dois anos. Félix cometeu um ato muito injusto, querendo prestar um favor aos judeus (At 24.27).

José ficou dois anos na prisão por que o mordomo do faraó se esqueceu dele (Gn 40. 14,23; 41.1).

Esses dois homens piedosos foram abandonados para mofar na prisão – um por causa de injustiça, deliberada, o outro por um esquecimento indesculpável.

Mas os apuros dos dois estavam debaixo do controle soberano de um Deus infinitamente sábio e amoroso.

O poderoso Império Romano não poderia crucificar Jesus Cristo a menos que Deus lhe conferisse esse poder (Mt 10.29; Jo 19. 10,11). E o que vale para Jesus vale para você e para mim.

Nenhum detalhe da nossa vida é insignificante demais para receber a atenção do nosso Pai celestial, e nenhuma circunstância é tão grande que ele não seja capaz de controlá-la.

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