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O Sermão do Monte e o Reino dos Céus – Reinvidicações em Relação ao Antigo Testamento

Hoje vamos falar sobre o sermão do monte e o reino dos céus. Segundo Dr. D. A. Carson ás vezes corremos o risco de tratar a Palavra de Deus como se ela fosse uma coleção de pedras preciosas soltas e não classificadas.

Assim, a Bíblia torna-se uma simples coletânea de “pensamentos preciosos”. Quando a tratamos dessa forma, perdemos de vista muitos aspectos importantes: o desenvolvimento histórico dos propósitos redentores de Deus.

O grau de compreensão teológica crescente do povo de Deus à medida que ele revela mais sobre si mesmo e seus caminhos; a estrutura literária que amarra um livro ou um discurso em temas e subtemas coesos e coerentes.

Em contrapartida, quando considerados adequadamente, esses fatores históricos, teológicos e literários constituem uma contribuição muito importante para nosso entendimento de cada parte da Bíblia — especialmente o Sermão da Montanha.

Veja, por exemplo, a estrutura literária

O reino do céu é um tema importante no Evangelho de Mateus, e nós já comentamos que, com o recurso literário de uma inclusio (5.3,10), ele vem a ser o tema central nas bem-aventuranças.

Além disso, os dezesseis primeiros versículos de Mateus 5 introduzem ou antecipam todos os temas principais de Mateus 5—7 para levar o leitor a um autoexame e despertar-lhe o interesse pelo que vem a seguir.

Esses capítulos terminam com vários opostos, exigindo que se escolha um de dois caminhos, uma de duas árvores, uma de duas alegações, um de dois fundamentos (7.13-27).

Entre a introdução (5.3-16) do Sermão do Monte e sua conclusão (7.13-27) encontra-se seu corpo (5.17—7.12).

Esse corpo é delimitado por outra inclusio, isto é, a Lei e os Profetas (5.17; 7.12), uma maneira comum de fazer referência às Escrituras do Antigo Testamento.

Portanto, estudando 5.17-48, reconhecemos dois fatos: primeiro, estamos entrando no corpo principal do Sermão; segundo, Jesus procura relacionar seu ensino com o Antigo Testamento.

A Enfase do Antigo Testamento no Sermão da Montanha

É claro que era de esperar essa ênfase no Antigo Testamento desde a leitura da introdução, os primeiros dezesseis versículos.

Pois neles Jesus diz que os que praticam as normas do reino e, portanto, dão testemunho do reino não só receberão grande recompensa no céu, mas também serão equiparados aos profetas (5.12).

Assim, partindo de considerações predominantemente literárias, chegamos a temas cruciais que levantam importantes questões históricas e teológicas.

O Sermão do Monte não só promete nos dar algumas ponderações desafiadoras sobre pobreza de espírito, justiça, amor, perdão etc.

Mas também revelar algo sobre como o próprio Jesus vê o seu lugar na história, a relação entre sua pregação do reino e as Escrituras do Antigo Testamento.

Além disso, se entendemos que Jesus ensinava como um judeu do primeiro século a judeus do primeiro século, devemos esperar que seu ensino.

Se organize em categorias voltadas principalmente para a compreensão de seus ouvintes e com o objetivo, pelo menos em parte, de corrigir ideias e crenças do primeiro século que ele considerava errôneas.

Essa observação ancora à história a revelação de Deus mediante Jesus Cristo e, como veremos, melhora nosso entendimento do Sermão do Monte.

O Cumprimento do Sermão do Monte Relacioando ao Antigo Testamento

JESUS COMO CUMPRIMENTO DO ANTIGO TESTAMENTO Mateus 5.17-20

Os versículos de Mateus 5.17-20 estão entre os mais difíceis da Bíblia. Num olhar superficial, fica claro de que eles tratam.

Jesus retoma o tema do reino (mencionado três vezes em 5.19,20) e agora o correlaciona com a Lei e os Profetas.

Esses versículos, portanto, servem de introdução aos cinco blocos de texto que compõem o restante do capítulo.

Também está claro que Mateus 5.17,18 retrata a elevada estima de Jesus pelo que chamamos de Escrituras do Antigo Testamento.

Jesus não veio abolir esses escritos. Ao contrário, ele reconhece a imutabilidade deles até a menor letra, o “jota”, ou mesmo o menor sinal feito pela pena.

Esse menor sinal, o “til” (KJV), é o que hoje chamaríamos de serifa, o pequeno prolongamento de algumas letras que distingue os tipos antigos dos mais modernos.

Em hebraico, esse diminuto prolongamento é necessário para diferençar alguns pares de letras. Portanto, Jesus está corroborando a confiabilidade e a veracidade do texto escrito.

Não está simplesmente dizendo que o Antigo Testamento contém alguma verdade, muito menos que se torna verdade quando os homens têm um encontro significativo com ele.

Em vez disso, como ele afirma em outro trecho, a Escritura não pode ser anulada (Jo 10.35).1

Essas observações também nos deixam em dificuldades

Se Jesus não se via abolindo a Lei e os Profetas, mas cumprindo-os, por que, então, há boas provas de que ele aboliu, por exemplo, as leis alimentares (Mc 7.19)?

Por que os autores do Novo Testamento, após a morte e ressurreição de Jesus, insistem em que o sistema sacrificial do Antigo Testamento agora é, no mínimo, desnecessário.

E em princípio foi abolido (veja Hb 8.13; 10.1-18)? Por que os cristãos de hoje não procuram seguir ao pé da letra a lei do Antigo Testamento?

Várias respostas foram apresentadas a esses questionamentos

Pelo menos desde a época de Tomás de Aquino (c. 1225-1274), muitos cristãos dividem a lei em três categorias: moral, civil e cerimonial.

Alguns dizem que a lei civil do Antigo Testamento foi abolida porque o povo de Deus já não constitui uma nação.

A lei cerimonial caducou porque ela apontava para Jesus, que a “cumpriu” morrendo na cruz, assim tornando obsoletas as cerimônias do Antigo Testamento.

Resta-nos a lei moral; e, segundo esse argumento, em Mateus 5.17-20 Jesus está de fato se referindo apenas à lei moral, que nunca muda.

O primeiro problema com essa ideia é que a expressão “nem um jota ou um til” (5.18, KJV) parece mais abrangente do que uma referência exclusiva à lei moral permitiria.

Além disso, nem o Antigo Testamento nem o Novo fazem essa tríplice distinção. É claro que esse fator por si só não é conclusivo: muitas distinções legítimas podem ser deduzidas das Escrituras, apesar de não serem explicitamente ensinadas.

Qual o Problema Dessa Divisão?

O problema dessa divisão em três partes é que como está não fica claro o que significa “moral”.

Se o termo se refere ao que é fundamentalmente certo ou errado, eu argumentaria que o que Deus aprova é fundamentalmente certo e o que ele proíbe é fundamentalmente errado.

Nesse caso, quando Deus aprovou certos sacrifícios cerimoniais no Antigo Testamento, as pessoas ficavam moralmente obrigadas a praticá-los.

Dentro do mesmo raciocínio, se Deus proibiu certas práticas civis no Antigo Testamento, seria imoral continuar praticando-as, exatamente porque foi Deus quem as proibiu.

Portanto, essa definição de “moral” é problemática quando se adota a divisão em três partes: moral, cerimonial e civil.

As três categorias não se excluem mutuamente. Se, porém, lei moral se refere ao que

Deus sempre aprova, então estamos diante de duas dificuldades:

(1) Se Jesus em 5.18 está afirmando que somente a lei moral jamais muda, ele está sendo redundante, isto é: “Somente a lei que Deus sempre aprova (e por isso nunca muda) nunca muda”.

(2) Em contrapartida, se Jesus pretende estabelecer essa definição de lei moral, é estranho que ele se expresse com tal enunciado abrangente (5.18).

Recorrer à histórica divisão tríplice da lei sem dúvida tem mérito em determinados contextos, mas creio que tal recurso não nos ajuda a explicar o que Jesus quer dizer em Mateus 5.17ss.

Outra abordagem comum dessa passagem é a hipótese de que “cumprir” aqui significa algo como “confirmar; comprovar”.

Jesus cumpriu a lei guardando-a perfeitamente e agora ele a cumpre na vida de seus seguidores por meio de seu Espírito:

O texto de Romanos 8.4 diz que Deus enviou seu Filho “a fim de que as justas exigências da lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo nossa natureza pecaminosa, mas segundo o Espírito”.

Nesse sentido, alega-se, o que a lei significa realmente é confirmado pela vida de Jesus e a de seus discípulos.

Esses pontos são verdadeiros, sem dúvida, mas parece que não são eles que estão sendo ensinados aqui. Os termos empregados no versículo 18 parecem mais precisos que isso.

Muitos comentaristas defendem que Cristo cumpre a lei e os profetas de duas maneiras diferentes.

Os Profetas são cumpridos por Jesus de forma preditiva: o que eles predizem acontece, e assim é cumprido.

A Lei, no entanto, não é preditiva, isto é, profética, e se cumpre de algum outro modo.

Alguns dizem que ela se cumpre no sentido defendido anteriormente — isto é, ela se confirma em seu significado mais profundo.

Outros dizem que Jesus cumpriu a Lei morrendo na cruz, assim satisfazendo as exigências da lei sobre todos os que creem nele.

Tenho certeza de que todas essas ideias encontram apoio em alguma parte do Novo Testamento, mas será que alguma delas é convincente nesse contexto?

Será que elas estão de acordo com o modo de Mateus usar as palavras ou com os temas que Mateus enfatiza?

Ao longo dos anos, de tempo em tempo se propõe uma abordagem um pouco diferente, e ela tem muitos méritos, penso.

Em outro trecho, Mateus registra Jesus dizendo: “Desde os dias de João Batista até agora, o reino do céu tem avançado vigorosamente, e os fortes se apoderam dele.

Pois todos os Profetas e a Lei profetizaram até João (Mt 11.12,13). Não são apenas os Profetas que profetizam; a Lei também profetiza.

Todo o Antigo Testamento tem função profética, e Jesus veio cumprir o Antigo Testamento.

Contudo, para entender como Jesus o cumpre, precisamos entender como o Antigo Testamento profetiza

Parte dele é profecia no sentido comum de predição; e, pela leitura do Novo Testamento, fica claro que o foco das profecias do Antigo Testamento é o Messias.

Por exemplo, o lugar de seu nascimento é predito (Mq 5.2; Mt 2.5,6). Porém, algumas profecias do Antigo Testamento citadas por Mateus não são nem de longe tão claras.

Por exemplo, Oseias 11.1: “… do Egito chamei meu filho”, é um texto usado para indicar a volta de Jesus do Egito para a Palestina depois da morte de Herodes, o Grande (Mt 2.15).

Originariamente, porém, esse texto se referia ao Êxodo dos israelitas, sob a liderança de Moisés.

Parece que, nesse caso, é a história dos judeus que aponta para Cristo, e não em sentido claro de predição.

No Evangelho de Mateus há muitos indícios de que essa forma de “profecia” não é incomum

Desse modo, se em Deuteronômio 8 Moisés lembra aos israelitas que eles vagaram durante quarenta anos pelo deserto.

Onde Deus permitiu que passassem fome para aprenderem que o homem não vive só de pão, Jesus também passou fome por quarenta dias no deserto e, quando foi tentado a duvidar da provisão de Deus, respondeu que “nem só de pão o homem viverá.

Mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4.1-4). Essa citação é do Pentateuco (Dt 8.2,3), que os judeus chamavam de Lei no sentido estrito, e que aqui se pressupõe que tenha alguma função profética.

O Novo Testamento entende que o Antigo Testamento aponta futuramente para Cristo e as bênçãos que ele traz. O sistema sacrificial, por exemplo, apontava para o sacrifício de Jesus (Hb 9.8,9; 10.1,2). De fato, tudo

o que estava escrito sobre Cristo na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos (Lc 24.44) tinha de ser cumprido. Portanto, o Senhor ressurreto podia explicar a seus discípulos o que foi dito a seu respeito em todas as Escrituras

⦁ começando por Moisés e todos os Profetas (Lc 24.27). As Escrituras testificam dele (Jo 5.39).

Logo, em Mateus 5.17,18, temos de nos livrar de concepções estreitas demais do que seja cumprimento.

Jesus cumpre todo o Antigo Testamento — a Lei e os Profetas — de muitas maneiras. Uma vez que ambos apontam para ele, certamente ele não veio revogá-los.

Ao contrário, ele veio cumpri-los de diversas maneiras, uma rica diversidade que esses parágrafos mal sugerem.

Nem um item sequer da Lei ou dos Profetas passará, disse Jesus: até que o céu e a terra passem — antes que tudo se cumpra.

A oração adverbial “até que o céu e a terra passem” simplesmente significa “nunca, até o fim dos tempos”, mas é restringida pela oração adverbial seguinte: “até que tudo se cumpra”.

Em outras palavras, Jesus não concebe sua vida e seu ministério como oposição ao Antigo Testamento, mas, sim, como um cumprimento daquilo que o Antigo Testamento prevê.

Logo, a Lei e os Profetas, longe de serem abolidos, têm sua continuidade vigente levando em conta o cumprimento em Jesus

Os preceitos detalhados do Antigo Testamento podem ser suplantados, porque tudo o que é profético tem de ser, em algum sentido, provisório.

Ao mesmo tempo, porém, tudo o que é profético encontra sua continuidade legítima na feliz chegada do que foi profetizado.

Tudo isso pressupõe que uma nova abordagem do Antigo Testamento está sendo inaugurada por Jesus, concomitantemente com a perspectiva transformada resultante do avanço do reino.

De fato, o próprio Jesus mais adiante ensina exatamente isso. Ele diz: “Por isso, todo mestre da lei instruído sobre o reino do céu é semelhante ao dono de uma casa que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas” (Mt 13.52).

Na passagem anteriormente citada de Mateus 11.12,13, observamos ainda que a Lei e os Profetas exercem essa função profética até João Batista.

João Batista em diante, o reino do céu avança (cf. tb. Lucas 16.16,17, onde a expressão é “reino de Deus”).

Semelhantemente, nos dois versículos seguintes de Mateus 5 (19 e 20), Jesus deixa de falar sobre a Lei e os Profetas e passa a falar sobre o reino:

“Qualquer um que violar um desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazer o mesmo, será chamado o menor no reino do céu; mas todo aquele que praticar e ensinar esses mandamentos será chamado grande no reino do céu”.

A expressão “esses mandamentos”, em minha opinião, não se refere aos mandamentos da lei do Antigo Testamento.

Mas, sim, aos mandamentos do reino do céu, reino mencionado três vezes nos versículos 19 e 20. São os mandamentos já preceituados e os que ainda virão no Sermão do Monte.

Alguns acham que os judeus esperavam uma nova lei quando o Messias viesse

Não estou de acordo. O fluxo da argumentação nessa passagem aponta numa direção ligeiramente diferente.

Ela se desenvolve mais ou menos assim: Jesus não veio para abolir o Antigo Testamento, mas para cumpri-lo — cumpri-lo no sentido de que ele mesmo era o alvo para o qual as Escrituras apontavam.

Por isso, é o cúmulo da loucura não dar ouvidos aos seus mandamentos, os mandamentos do reino. (Veja um raciocínio semelhante em Hebreus 2.1-3.)

O que se exige é “justiça [que] exceda a dos fariseus e dos mestres da lei (5.20), caso contrário não há como entrar no reino do céu.

Na verdade, até a posição dentro do reino depende da obediência aos mandamentos de Jesus (5.19).

Mas isso não é de surpreender, quando lembramos a tremenda ênfase que o Sermão do Monte dá à obediência a Jesus (cf. Mt 7.21-23) ou o refrão que Jesus repete: “Mas eu lhes digo…” (veja Mt 5.20,22,26,28,32,34,39,44).

O Antigo Testamento apontava para o Messias e o reino que ele inauguraria. Jesus, afirmando cumprir essa previsão do Antigo Testamento, apresenta o reino a seus seguidores.

Ao fazer isso, ele ressalta a obediência e a justiça excelente, sem as quais ninguém pode entrar no reino.

É importante notar que as palavras finais de Jesus no Evangelho de Mateus enfatizam novamente a obediência.

Os crentes têm de fazer discípulos de todas as nações, batizando-os e ensinando-os a obedecer a tudo o que Jesus ordenou (28.18-20).

Os mandamentos de Jesus são destacados também em 5.19.

A esta altura, está claro que o Sermão do Monte não é sentimentalismo barato concebido para induzir uma tola e ingênua mentalidade de filantropia.

Tampouco esses capítulos sancionam a opinião de que os conceitos de Jesus acerca da justiça eram tão temperados com amor que a justiça cai para um nível inferior ao padrão estabelecido pela lei.

Em vez disso, percebemos que a justiça exigida por Jesus ultrapassa qualquer coisa imaginada pelos fariseus, o grupo religioso ortodoxo da época de Jesus.

O método de Jesus é mais desafiador e mais exigente — e também mais recompensador — do que qualquer sistema legal jamais poderia ser.

Além disso, seu método foi indicado profeticamente antes de chegar de fato. Como diz Paulo: “Mas agora, sem a lei, manifestou-se a justiça de Deus, atestada pela Lei e pelos Profetas” (Rm 3.21).

Desse modo, por outra via voltamos à pureza interior definida nas bem-aventuranças.

Assim como as bem-aventuranças fazem da pobreza em espírito condição necessária para a entrada no reino, Mateus 5.17-20 também acaba exigindo um tipo de justiça que deve ter deixado os ouvintes de Jesus perturbados e conscientes do próprio fracasso espiritual.

Com isso, o Sermão do Monte lança o alicerce das doutrinas neotestamentárias da justificação pela graça mediante a fé e da santificação pela obra regeneradora do Espírito Santo.

Não é de admirar que Paulo, aquele zeloso e irrepreensível fariseu (Fp 3.4-6), quando entendeu o evangelho de Cristo, tenha considerado todos os seus recursos espirituais nada mais que refugo.

Seu novo desejo era ganhar a Cristo, não tendo justiça sua provinda da lei, mas a que vem de Deus e pela fé em Cristo (Fp 3.8,9)

Aplicação do Sermão do Monte Mateus 5.21-47

Com autoridade ímpar, Jesus se fez o pivô de toda a história. O Antigo Testamento aponta para ele.

Agora, tendo chegado, ele introduz o reino e mostra que o Antigo Testamento encontra a essência de sua legitimidade e sua real continuidade nele e em sua doutrina.

Ao mesmo tempo, Jesus precisa lidar com outro problema. Ele não pode presumir que tudo o que as pessoas ouviram sobre o conteúdo das Escrituras do Antigo Testamento estava de fato no Antigo Testamento.

Isso porque os fariseus e doutores da lei consideravam que certas tradições orais tinham a mesma autoridade que a própria Escritura.

E, assim, contaminaram o ensino da Escritura com algumas interpretações falaciosas, todavia defendidas com unhas e dentes.

Portanto, em cada um dos cinco blocos do material a seguir, Jesus diz algo assim: “Vocês ouviram o que foi dito […], mas eu lhes digo…”.

Ele não começa essas oposições expondo a seus ouvintes o que o Antigo Testamento diz, mas o que eles tinham ouvido que ele dizia.

Essa observação é importante, porque Jesus não está negando algo do Antigo Testamento, mas, sim, o que eles entendiam do Antigo Testamento.

Em outras palavras, parece que Jesus tem aqui dois interesses: derrubar tradições incorretas e, com sua autoridade, indicar a verdadeira direção para a qual as Escrituras do Antigo Testamento apontam.

Para que possa aprender mais sobre leia nosso próximo artigo “O Sermão Monte ao Alcance de Todos”, recomendo que você estude o livro de Carson “O Sermão do Monte. Deus abençoe. Estamos esperando por você!

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