Pós-milenismo

Analisemos agora a visão pós-milenista. A maioria dos pós-milenistas recentes concorda com os amilenistas que o milênio é agora, o período que vai da ascensão de Jesus à sua volta.

Conduto, alguns pós-milenistas, especialmente na literatura mais antiga, afirmam que o milênio é uma porção desse período, perto do seu fim e antes da volta de Cristo.

O pós-milenista concorda que esse é o tempo no qual o evangelho é pregado por todo o mundo. Ele concorda com o amilenista quanto ao significado da prisão de Satanás e da sua libertação por pouco tempo antes da volta de Jesus.

Ele também concorda com o amilenista quanto ao curso geral dos acontecimentos no fim dos tempos: Jesus volta; em seguida, há a ressurreição física geral dos justos e dos ímpios, depois, o julgamento final; por último, o novo céu e a nova terra.

Então, pode-se perguntar como o pós-milenismo difere do amilenismo

Bem, embora o pós-milenista concorde com o amilenista que a nossa era é um tempo de perseguição para a igreja, ele também acredita que, durante esse tempo.

Os cristãos passarão a exercer cada vez mais influência sobre a cultura geral. De fato, os cristãos obterão riqueza, prestígio e até mesmo domínio.

Os argumentos do pós-milenismo

Contudo, o pós-milenismo replica que, nesta era, o reino de Deus ser triunfante. Não de uma vez; certamente, é algo gradual.

Porém, com o tempo encherá a terra (Mt 13,31-33), A Grande Comissão será totalmente bem-sucedida. Além disso, triunfará sobre toda oposição aos propósitos de Deus.

Os pós-milenistas entendem desse modo o grande número de passagens bíblicas que falam da vitória de Deus sobre todos os seus oponentes:

• (SaImos –  22.27, 379. 11: 46.8-10, 47,1-3; 66.4; 72.8-11; 86.9; 138.4-5; 149.5-9;)
• Isaías 9.2-7; 11.1-10, 32.15-17: 40.4-11; 42.1-12; 49.1-26; 56.3-8; 60.1-22; 61.1-11; 62.1-12, 65.1 25; 66.1-24;
• cf. 1João 5.4).

Tanto os amilenistas quanto os pré-milenistas contestam que esses versículos se refiram ao novo céu e nova terra, mas é difícil evitar a impressão de que o povo de Deus, mesmo o seu povo no AT, aguarda esse tipo de vitória antes do julgamento final.

Além do mais, diferenciar o sucesso espiritual do cultural não é tão fácil quanto pensam os pré-milenistas e amilenistas.

Quando as pessoas se apegam aos beneficios espirituais do evangelho, isso muda a vida delas de maneira abrangente. Isso lhes dá novos valores e um novo poder para imitar a santidade de Deus.

Deus lhes ordena implementar essa nova santidade em cada esfera da vida: “(…) quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10.31).

Assim, por toda a História, os cristãos realmente têm transformado muitas esferas da vida humana: ciências, artes, política, educação, cuidado dos pobres e doentes.

Isso é quase inevitável: as pessoas regeneradas renovam as instituições e as práticas do mundo. Evidentemente, esse processo tem seus altos e baixos.

No todo, o evangelho tinha mais influência cultural na América do Norte trezentos anos atrás do que tem hoje. Todavia, isso ocorre porque, atualmente, há uma proporção menor de pessoas que professam Cristo como Senhor e Salvador

Vemos esse processo nas Escrituras

José, Ester e Daniel viveram em países pagãos, mas foram fiéis ao Deus verdadeiro. A fidelidade deles gerou conflitos com os valores da sociedade em que estavam inseridos.

Mesmo assim, Deus abençoou a fidelidade deles e essa fidelidade trouxe benefícios para a sociedade incrédula da qual eram parte.

Nos primeiros séculos da igreja, os cristãos suportaram com paciência muita perseguição por amor a Cristo.

No entanto, o sangue dos mártires foi a sementeira da igreja, ela cresceu apesar de tudo o que Satanás conseguia fazer. Por volta do século 4°, o Império Romano era oficialmente cristão.

Podemos discordar quanto a se a conversão de Constantino causou mais dano do que benefício à igreja, mas não podemos negar que ela deu à igreja grande poder cultural, que perdurou na era medieval e além.

Para que você possa se aprofundar e continuar seus estudos, leia o nosso próximo artigo, para você ter uma visão mais acurada do assunto indico o livro “Teologia Sistemática” de John Frame que deu origem a este artigo. Deus abençoe, até o próximo texto.