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Vencendo o Mundo Praticando a Vida Vitoriosa na Cosmovisão Cristã

A Bíblia nos ensina que estamos mortos em nossos pecados (Ef 2.1-2), até que Deus nos torne, graciosamente, seus filhos (Jo 3.5).

Somente quando isso acontece, somos separados deste mundo pecaminoso para nos tornarmos membros do reino de Deus. Conforme nos diz o apóstolo João: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo” (1 Jo 5.4).

Ser nascido de Deus significa ser regenerado. A regeneração é aquele ato secreto de Deus pelo qual Ele outorga vida nova a um pecador e torna santa a disposição governante de sua alma.

A regeneração não é apenas reforma, religião ou educação, conforme Nicodemos descobriu em sua conversa com Jesus (Jo 3). Antes, é ressurreição dentre os mortos e uma recriação (Ef 2.1; 2 Co 4.16).

Conforme alguém já disse:

“A regeneração é um acontecimento sobrenatural que nos remove da esfera do mundo, onde Satanás reina, e nos coloca na família de Deus. O feitiço da vida velha é desfeito, e a fascinação do mundo perde seu apelo”.

O coração daqueles que são renascidos de Deus passa por uma mudança tão radical, que eles se tornam novas criaturas e possuem uma opinião diferente quanto ao pecado, ao mundo, a Cristo e às Escrituras.

Nesse sentido, vencer o mundo é um ato completo, que acontece de uma vez por todas. Todo aquele que é nascido de Deus venceu o mundo, afirma João.

Quando alguém é nascido de novo, ele começa a vencer o mundo. No entanto, o crente ainda é atraído ao mundo por causa do pecado que permanece nele. A Bíblia chama isso de atração remanescente da “a carne”.

Assim, enquanto temos de nos guardar incontaminados do mundo, como afirma Tiago 1.27, temos de lembrar que nossa “carne” ainda é inclinada ao mundo.

Essa é a razão por que o isolar-se do mundo não pode guardar-nos do pecado. Nós, que somos crentes, carregamos um pedaço do mundo dentro de nós.

Os Cristão têm, pela graça, o poder do Espirito Santo que gera em sua alma a natureza divina. Como disse o apóstolo Pedro, eles são “coparticipantes da natureza divina” (2 Pe 1.4).

O Espírito Santo está neles

Estão unidos com Cristo Jesus e são adotados pelo Pai. Pela graça de Deus, podem vencer o mundo.

Como nos diz 1 João 5.4: “Todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. Em Cristo, vencemos o mundo, mas também precisamos lutar diariamente contra as tentações do mundo.

Em 1 João 2.16, o apóstolo menciona três maneiras pelas quais somos seduzidos aos caminhos do mundo:

Primeira: CONCUPISCÊNCIA DA CARNE

Não devemos nos tornar escravos de qualquer coisa física, e sim exercer autocontrole, pois o nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1 Co 6.12; 9.27; 3.17).

A exortação proferida contra as concupiscências da carne proíbe a imoralidade em todas as suas formas. Todos nós precisamos nos esforçar para conhecer nosso próprio coração e suas fraquezas em relação a determinadas concupiscências.

Segunda: CONCUPISCÊNCIA DOS OLHOS

Hoje, Satanás torna esse fruto ainda mais tentador, permitindo-nos vê-lo na privacidade de nosso lar – em vídeos ou pela internet.

Temos de dizer não a todas as formas de entretenimento que ensinam que o homem está no controle deste mundo e que tornam atraente o pecado.

Esses entretenimentos fazem o adultério parecer algo inocente, comum e excitante. O assassinato se torna emocionante. A profanidade é a linguagem do dia-a-dia.

Livremos nosso lares de revistas que não edificam, de novelas desprezíveis, sim, de todo material impresso que contradiz os Dez Mandamentos.

Como podemos rogar a Deus que não nos deixe cair em tentação, enquanto continuamos a brincar com a tentação?

Como nos adverte Tiago: “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tg 1.14-15).

Terceira: SOBERBA DA VIDA

Em terceiro lugar, a fé luta contra a soberba da vida. Quão predominante é essa soberba em nosso coração. George Swinnock disse: “A soberba é a veste da alma colocada primeiro e tirada por último”.

A soberba da vida inclui:

– Orgulho de nós mesmos e de nossas realizações.

– Orgulho em desafiar o governo providencial de Deus.

– Orgulho em idolatrar atores, heróis de esportes, líderes governamentais e outras figuras populares.

– Orgulho do materialismo.

Mas como podemos ter vitória contra este poder sutil do mundanismo interno e externo? João nos responde esta pergunta nos dizendo que:

Primeiro: Crendo em Jesus, o Filho de Deus

Pela fé, cremos que Jesus é o Filho de Deus e vencemos o mundo, por deixarmos de olhar para nós mesmos e nossas fraquezas e olharmos para o poder do Senhor. A fé obtém vitória sobre os poderes deste mundo porque nos capacita a buscar os recursos de Cristo. Se queremos que nossa lâmpada funcione, temos de ligá-la a uma fonte poderosa.

Segundo: Purificando o coração por meio da centralidade em Cristo.

Em 1 João 3.3 afirma que todo aquele que possui a esperança cristã de ser um filho de Deus “a si mesmo se purifica… assim como ele é puro”. A fé é uma planta celestial que não florescerá em um solo impuro.

Terceiro: Vivendo de acordo com o que agrada a Deus.

Pela fé sentimos prazer no que agrada a Deus. Temos deleite no que deleita a Deus. E, à medida que nossa fé se torna mais forte, despreza o mundo cada vez mais, e, assim o faz obedecer aos mandamentos de Deus.

Quarto: Vivendo em função do mundo invisível que nos aguarda.

A fé entende que há prazeres maiores que podem ser desfrutados por se abster do pecado, e não por satisfazê-lo. A fé valoriza as recompensas eternas que Cristo preparou para nós no céu, mais do que todos os tesouros do mundo (Hb 11.25-26).

Ao comparar a vida neste mundo e seus prazeres com a vida que Cristo nos oferece, diz Spurgeon: “Se você ganhasse todo o mundo, não teria nada, depois que a tampa de seu caixão fosse lacrada, exceto a poeira do sepulcro em sua boca”.

Também afirma William Jerkyn: “Abandonar a Cristo por causa do mundo é o mesmo que deixar um tesouro por uma bugiganga, a eternidade por um momento, a realidade pela sombra”.

John Bunyan chamava o mundo de “Feira da Vaidade”

e William Gurnall resume bem este assunto quando diz: “A abelha não pousa em uma flor da qual não pode extrair néctar; e o crente deve agir de modo semelhante”.

Para que você possa se aprofundar e continuar seus estudos, leia o nosso próximo artigo, sobre como vencer o mundanismo na cosmovisão de Calvino. Deus abençoe, até o próximo texto.

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